02 abril 2011

Dois filhos, dois caminhos e uma promessa



Os planos de Deus são diferentes dos planos humanos. Salomão já mostrava que o homem pode fazer planos, esquematizá-los, trabalhar na direção deles, mas somente a vontade de Deus é que permanece (Pv 19.21)
Nossos projetos refletem o que somos - limitados. Igualmente, os projetos de Deus refletem o que ele é - ilimitado e Todo-Poderoso. O profeta Isaías disse que os nossos pensamentos, os nossos caminhos, são diferentes dos do Senhor (Is 55.8,9). Deus estabelece os limites entre nós e Ele, concernente aos planos da vida. Exatamente por isso Tiago exortou sobre a falibilidade dos projetos humanos e nossa dependência de Deus (Tg 4.13-15). Deus é quem estabelece os seus intentos. Deus havia prometido a Abrão a benção de estabelecer uma grande descendência. Vejamos como Abrão lidou com essa situação.

Dois filhos 

Para a cultura hebraica, uma mulher não poderia sentir-se realizada se não tivesse dado filhos ao marido. Este era o caso de Sarai. Sua situação pode ser considerada mais grave do que a de uma mulher hoje em dia, pois não tinha os recursos da engenharia genética. A esterilidade era vergonhosa para ela. A solução para Sarai seria arrumar uma concubina para o seu esposo e, após o nascimento do filho daquela união, ela o criaria como sendo seu. 
Sarai deu a Abrão sua serva Agar, uma egípcia. Ao engravidar, Agar sentiu-se uperior à sua senhora e menosprezou-a, isto despertou a ira de Sarai. A situação entre as duas mulheres ficou tensa, e Sarai, com ciúmes, inveja e raiva, reclamou dela ao seu marido. Agar, sentindo-se afligida, fugiu para o Egito; no caminho, ela encontrou o anjo do Deus Eterno, que mandou que ela voltasse e obedecesse a Sarai. Em obediência, voltou e deu à lua ao seu filho, que recebeu o nome de Ismael, que significa " O Senhor ouve" ou  "O Senhor ouviu".
Os homens, muitas vezes, querem "dar uma mãozinha para Deus", mas Ele não precisa de nós para fazer cumprir a sua vontade. A precipitação de Sarai trouxe consequências desagradáveis para eles e que perduram até os nossos dias. Deus mostra que o seu desejo será realizado, embora o homem duvide.


Dois caminhos

Ismael: Pouco sabemos de Ismael. Ele tinha cerca de catorze anos de idade quando Isaque nasceu. A Bíblia diz que ele zombou de Isaque, num dia de festa, quando os pais comemoravam o fato do filho ter sido desmamado. Isaque tinha nesta ocasião cerca de três anos de idade. O texto diz que Ismael "caçoava",  ou "zombava" ou "ria" de Isaque; estava brincando com uma certa maldade.
A reação de Sara foi imediata, exigiu que Abrão mandasse Agar com seu filho embora. Abrão mandou o filho de 15 anos, junto com mãe ao deserto - sem rumo, apenas com um odrezinho de água. Agar viu o filho à beira da morte perante seus próprios olhos, e se afastou, pois não tinha coragem de testemunhar a morte dele. Mais uma vez Deus interferiu na vida de Agar: Ele renovou nela as esperanças de fazer de Ismael uma grande nação, e mostrou-lhe um poço. Ismael viveu no deserto, casou-se com uma egípcia. Seus descendentes deram origem a doze nações. Deus disse que Ismael e seus descendentes seriam guerreiros e que estaria sempre em conflito com os seus irmãos. Ismael tornou-se um flecheiro.

Isaque: Em contraste com seu pai, nunca experimentou aflição ou dias difíceis. Vivenciou momentos íntimos de Deus com Abraão, tendo participado diretamente daqueles acontecimentos. Abraão mandou seu servo ir buscar uma esposa para Isaque em sua terra natal. Aos quarenta anos, enquanto orava no campo, ele viu Rebeca, sua prima, com quem se casou. Vinte anos depois, o casal teve dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Isaque foi o herdeiro da promessa de Deus feita a Abraão de lhe conceder uma descendência numerosa.

Uma promessa

A promessa da formação de uma nção poderosa, eleita para abençõar todas as famílias da terra, se cumpriu em Isaque. Embora Ismael tenha sido abençoado por Deus, por causa de Abraão, Isaque foi o instrumento usado por Deus para dar prosseguimento ao cumprimento de sua promessa.

Conclusão

A Bíblia nos ensina que os pojetos humanos são legítimos (Pv 16; Lc 14.28-30), a preocupação excessiva pela vida, contudo, não é lícita. Devemos confia na fidelidade de Deus, pois o coração do homem é enganoso e precisa reconhecer isso. A nossa capacidade de avaliar a retidão e pureza dos nossos projetos é muita falha. Nossos planos devem ser traçados à luz da revelação bíblica como um todo, posto que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática


 DEIXO aqui meu carinho e meu desejo maior...FIQUE COM DEUS, sempre!!!!!